sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fato novo

Terminou há pouco o debate entre os candidatos à Prefeitura do Recife, na TV Globo, com o fato novo que ainda não dá para imaginar a repercussão. Trata-se da acusação (réplica) do candidato do PT, João da Costa, de que assim como ele, o candidato do PMDB, Raul Henry, também responde a processo na Justiça, sendo que por mau uso de recursos públicos. João, candidato do governo, por uso da máquina pública.

No mais, o clima da disputa não elevou os ânimos e o telespectador teve a oportunidade de conferir a postura de candidatos preparados, experientes, e prontos para este ou qualquer outro debate. Pois, Recife tem hoje na disputa municipal, dos cinco candidatos, quatro com experiência de cargos executivos, alguns também com passagem pelos poderes legislativos e larga vivencia partidária – o ex-governador do Estado, Mendonça Filho (DEM); o ex-vice-prefeito e secretário estadual da educação e planejamento, Raul Henry (PMDB); o ex-secretário estadual de desenvolvimento econômico e turismo, Cadoca (PSC); e o ex-secretário municipal de Planejamento, João da Costa (PT).

Apenas o candidato do PSOL, Edílson Silva, desse ponto de vista, “não tem passado”. E por isso mesmo, sem telhado de vidro, agiu e se comportou todo o tempo como uma metralhadora. Engatilhou e atirou em todos, ao ponto de ser acusado pelo candidato Cadoca de querer ser o paladino da ética ao cobrar da oposição postura crítica e pública em relação ao recente escândalo na Câmara dos Vereadores do Recife - segundo relatório do TCE, vereadores de vários partidos têm que explicar o aparecimento de notas frias nas prestações de contas e o superfaturamento nas compras com verbas de gabinte. “Você está chamando para si o papel de paladino da ética. Fique para si. Continuo com a minha história”, afirmou Cadoca.

No mais, estrategicamente o candidato do PT (à frente nas pesquisas que o apontam para a vitória no primeiro turno) parece ter cometido um equívoco ao escolher, logo no início do programa, o seu principal adversário, Mendonça Filho (DEM), para dirigir uma pergunta, quando tinha ali outras opções. Pois, neste momento, deu a Mendonça a oportunidade de se fortalecer e crescer naquele ambiente,dominando seguramente o debate, numa dobradinha com "aliado", Raul Henry, do PMDB. Até ele se recompor, trazer para si a imagem do presidente Lula e do governador Eduardo Campos e expor com propriedade e desenvoltura as propostas de continuidade da atual gestão.
Acabou se saindo bem.

A oposição, por sua vez, não ficou atrás e deu o seu recado. Cada qual procurou tirar proveito da sua experiência política, administrativa, sem demora. O público deve ter gostado do debate que contou com os seus momentos “de emoção”, mas sem aquelas baixarias de outrora – gritos, dedo em riste, ameaças e posturas semelhantes.

E viva a democracia, a pluralidade das idéias e a oportunidade do voto. O resto a gente vai conferir quando as urnas forem abertas, no próximo domingo. Boa sorte a todo nós! Boa sorte a todo o Brasil.

4 comentários:

Anônimo disse...

...veremos quem vai Henry por último no dia 05 de outubro! mhuahahahhaa!

Unknown disse...

Acho até que João foi "sutil" ao mostrar para os telespectadores que ele não é o único candidato que está sendo investigado...

Adriana Cavalcante disse...

Vara, não vejo como lhe dar um retorno. Afinal, você é um fantaaaaaaaaaaaaaassssssssmaaaaaaaaaaaaa!!!!!

Adriana Cavalcante disse...

Micheline, sabe que na hora acho que quem assistia o debate não votava em Raul, claro, ficou esperando mesmo que o processo fosse citado literalmente...Bjs, valeu a visita!