domingo, 30 de setembro de 2007

Fliporto peca na organização

Sucesso de mídia e de público, a terceira edição da Fliporto (Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas), que teve início no último dia 27 e terminou neste domingo, dia 30, pecou no quesito organização, com atrasos significativos e mudanças de datas e horários de última hora. Difícil era obter informação correta dos próprios organizadores no local - um desperdício, inclusive, de farto material de divulgação distribuído no Hotel Armação, local do evento.

O Painel Literatura e Imprensa, previsto oficialmente para iniciar às 15 horas do sábado, começou às 17h. No mesmo dia jornais locais divulgavam alteração da agenda da Fliporto e registravam entre essas o encontro de Raimundo Carrero, Zuenir Ventura e Fernando Moraes, para debater o respectivo tema, às 10h da manhã. Vale salientar que Fernando Moraes não deu o ar das graças.

Quem se programou para assistir a conversa de Raimundo Carrero e o escritor angolano José Eduardo Agualusa, intitulada "Homenagem a África, no domingo, às 11 horas, como constava na programação oficial, e não estava no local do evento no final da tarde do sábado, ficou a ver navios. Ao se despedir do Painel Literatura e Imprensa, Raimundo Carrero tratou de pedir aos presentes que continuassem na sala porque a conversa com o colega angolano seria ali mesmo dentro de alguns minutos - como de fato aconteceu. Segundo ele, Agualusa teria que viajar ainda naquela noite. Mas o escritor angolano fez questão de registrar sua saída de Porto de Galinhas apenas na tarde do domingo (dia seguinte) e afirmar que a alteração na programação, sem aviso prévio ao público, foi decisão dos organizadores do evento.

Na recepção, local de inscrição das oficinas e painéis, apesar da simpatia dos atendentes, o desencontro de informações tornou-se algo "banal". No sábado, à noite, informavam que haveria oficinas no domingo, a partir das 11 horas. Mas na verdade, venderam ilusão aos interessados, pois o informe no domingo por volta das 10 horas era outro: no último dia da Fliporto não haveria mais oficinas.

Para um evento com grandes patrocinadores e tão bem divulgado, com dimensão internacional, atropelos como esses é, no mínimo, desconfortável para quem participa. E ruim para a imagem de uma iniciativa culturalmente tão importante e de repercussão na agenda turística do nosso Estado. Oxalá que, nesse caso, outros ventos batam à porta na sua próxima edição.

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