domingo, 7 de outubro de 2007

Mario Quintana faz a diferença



Dia de sol, domingo, que ótimo! Nessa leveza vou ao "Encontro Marcado com Mário Quintana" (Livro de Araken Távora -1986). Para um domingo bom de verdade os dizeres do eterno, irônico e doce poeta fazem a diferença e ainda bem que o tenho sempre por perto. (A imagem ao lado è o próprio em Porto Alegre; RS, 1986, por Liane Neves - Acervo Centro de Memória Bunge).


"Eu sempre me apaixonei, mas paixão é incompatível com o amor...O apaixonado é ciumento, insuportável...O amor é um sentimento diferente, o amor é vivido a dois, sem conflitos..."


"Sempre que me perguntam por que nunca me casei, respondo com uma piada boba, mas essa piada, às vezes, causa efeito: digo que prefiro ser a esperança de muitas do que a desilusão de uma só..."


"A solidão é uma coisa necessária. É uma coisa do temperamento, não é? Eu não posso ficar muito tempo numa reunião, me dá vontade de sair. De vez em quando sinto necessidade de estar sozinho. Não que a minha companhia seja grande coisa, mas é a necessidade de estar sozinho".


Entre uma e outra prosa com o autor, Mário revela, ainda, ter se alistado como voluntário para seguir Getúlio Vargas, em outubro de 1930, quando deflagrada a Revolução - integrou-se ao Sétimo Batalhão de Caçadores, no Rio de Janeiro. "Por ordens do comandante Nascimento eu fazia o diário da tropa. Eu floreava! Era por encomenda...". Tempos depois, Mário volta a Porto Alegre e vai trabalhar na redação do Estado do Rio Grande, que, por ironia do destino acaba sendo fechado por determinação de Vargas.

"No céu é sempre domingo"

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