Em Manaus, na ilha de Parintins, no rio Solimões, a 420 km da capital, acontece a maior manifestação folclórica da Amazônia, quando a cidade se divide em Azul e Vermelho - as cores dos bumbás CAPRICHOSO e GARANTIDO. O evento reúne mais de 40 mil pessoas, anualmente, de várias regiões do País e do mundo, no mês de junho. Mas é atração turística seis meses antes, quando as sextas-feiras, de janeiro até junho, acontecem os ensaios para os três dias da tradicional festa.
No Rio, as rodas de samba são a grande atração da cidade pelos bares e ruas, juntamente com os ensaios das escolas de samba nas respectivas quadras. As iniciativas atraem, durante todo o ano, turistas de todas as partes do mundo, que se multiplicam no Carnaval e na Sapucaí conferem e participam do desfile das grandes escolas num evento de mídia internacional, vale ressaltar.
Esses são exemplos de que não é importando simplesmente outras manifestações culturais, chegando até mesmo a desprezar a sua própria, que se espalha desenvolvimento sócio-cultural em nenhum lugar do mundo ou se tem a oportunidade de gerar emprego e renda para a população. Essa última é característica de qualquer iniciativa de rua, com um mínimo de organização e boa divulgação e não propriedade ou privilégio do extinto (amém) Recifolia.
É oportuno dizer que, quando da sua existência, o Recifolia serviu para desqualificar a nossa cultura com a instalação de cordões de isolamento nos blocos pela avenida Boa Viagem afora - criando um apartheid social nunca visto em Pernambuco, em se tratando de folia, de festa do povo. Além de claramente escantear o frevo, hoje Patrimônio Imaterial, declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Tomemos outros exemplos e façamos nesse caso do Boi Bumbá, do samba e do frevo uma nota só, por questão de respeito, de princípios, e de visão estratégica por que não? Afinal, santo de casa faz milagre sim, basta não ficar de braços cruzados.
2 comentários:
Samba, frevo, suor e cerveja. É a cultura e a alegria gerando emprego e renda pra muita gente. Será que por aqui não dava pra começar a dar uma cara mais "profissa" aos diversos ensaios de maracatu que todo final de semana acontece pelo Recife Antigo? Ou será que é melhor deixar na espontaneidade? Valeu, Adriana. Abs.
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